domingo, 11 de agosto de 2013

OS BENEFÍCIOS DO OVO



O ovo é o segundo alimento mais completo do mundo.

O primeiro é o leite materno; o terceiro, o coco; e o quarto, a quinua.
Tudo que é necessário para que haja vida está no ovo.
Muitos associam o ovo ao colesterol elevado.
Isso, porém, é um grande equívoco, pois até hoje não houve nenhuma pesquisa que conseguisse comprovar essa tese. 

Na composição do ovo encontramos: 

- ácidos graxos saturados;
- ácidos graxos insaturados;
- 20 aminoácidos;
- 14 minerais;
- 12 vitaminas.
Entre estas últimas, destacamos as vitaminas A, B12, A, D, E, K e os folatos.

Esse alimento é muito proteico, tanto que obtemos 20% da nossa necessidade diária de proteína quando consumimos um simples ovo.
No ovo há bastante lecitina, ótima para a circulação e o cérebro.
Há também no ovo muita luteína e zeaxantina, substâncias que diminuem a incidência de doença cardiovascular, combatem a degeneração macular nos olhos (relacionada com a idade) e previnem a catarata e a retinose pigmentar, sendo, portanto, ótimas para a saúde dos olhos. 

Um estudo de 2008 da Nutricion and Metabolism comprovou que o ovo tem os seguintes benefícios:

- ação anti-inflamatória (sendo capaz de diminuir a Proteína C Reativa);
- emagrecimento (como efeito indireto, pois o ovo aumenta o hormônio mais abundante do corpo, adiponectina, antigamente chamado de GBP28);
- aumento do HDL, o colesterol bom;
- diminui os níveis de insulina, funcionando como preventivo do diabetes. 

Para ilustrar o assunto, transcrevo um trecho de uma matéria técnica publicada por Carla Cachoni Pizzolante e José Evandro de Moraes - Pesquisadores científicos da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Brotas/Polo Regional Centro-Oeste/DDD/APTA:

Apesar da má fama, o colesterol é um composto essencial à vida, sendo encontrado somente no organismo animal, não sendo sintetizado pelas plantas, assim, jamais será encontrado nos óleos vegetais. O colesterol total representa o somatório de um conjunto de frações diferenciadas de moléculas lipídicas, agrupadas segundo sua densidade (HDL ou lipoproteína de alta densidade, conhecido como “bom colesterol”, e LDL ou lipoproteína de baixa densidade, conhecido como “mau colesterol”), que circulam na corrente sanguínea junto a proteínas específicas. O colesterol faz parte da estrutura das membranas celulares, é matéria-prima para produção de vários hormônios sexuais e esteroides (cortisol, aldosterona, testosterona, progesterona, estradiol), dos sais biliares, é precursor para a síntese de vitamina D, componente das células do cérebro e isolante da fibra do neurônio, é utilizado por vários tecidos e se acumula no fígado, rins e cérebro. 
Estudos científicos provaram que de todo o colesterol circulante, somente 30% provém da alimentação e apenas 15% do que é ingerido é absorvido, o restante é sintetizado pelo fígado. Com o aumento da ingestão de colesterol na alimentação, o organismo diminui a sua síntese, regulando as quantidades no sangue. De fato, o ovo tem muito colesterol, em geral uma unidade contém de 210 a 215 mg da substância, mas a colina presente na gema do ovo controla o colesterol no corpo humano. Pessoas geneticamente predispostas à aterosclerose apresentam síntese de colesterol aumentada e, mesmo sem a ingestão, apresentam altos níveis sanguíneos dessa substância. Portanto, exceto em pessoas com alterações genéticas do metabolismo do colesterol, o excesso dele no sangue resulta dos péssimos hábitos alimentares que as pessoas adquirem desde a infância e carrega-os por toda vida como o sedentarismo, a obesidade, o tabagismo, além do consumo de grande ingestão de colesterol, gorduras saturadas e gorduras trans. 
O ovo tem alto valor nutricional, com proteína de alto valor biológico, gorduras insaturadas (fontes de energia) e antioxidantes (saudáveis). Possui em sua composição o triptofano (um aminoácido precursor da serotonina, que é uma substância associada à sensação de bem-estar), 13 vitaminas essenciais, minerais como o cálcio (representa 40% da casca de ovo) e, o mais importante, não possui “gordura trans”. Apesar de quase 50% do total das gorduras encontradas na gema serem compostas de lipídeos monoinsaturados, 93,4% destes são de ácido graxo oleico (o mesmo encontrado no abacate e no azeite), responsável pela elevação dos níveis de HDL e redução dos níveis de LDL. O ovo pode ser considerado um alimento protetor, pois é rico em “gorduras do bem” que atuam na redução do “mau colesterol” e, o melhor, tudo isso em poucas calorias.

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